Na prática, essa modificação permite que usuários tenham dois números do WhatsApp em um mesmo smartphone. Além disso, ela também oferece recursos extras, como ver mensagens que já foram excluídas e bloquear conversas específicas com senhas. De acordo com a Kaspersky, o problema do YoWhatsApp está na versão 2.22.11.75. Segundo os analistas da empresa, o app estaria roubando as chaves do WhatsApp, permitindo que pessoas mal-intencionadas controlassem as contas dos usuários. Com base em um relatório divulgado nesta quarta-feira (12), a modificação do WhatsApp enviava essas chaves de acesso para os servidores remotos do desenvolvedor. A partir do momento em que os usuários permitiam acesso aos contatos, às câmeras e ao microfone, um trojan chamado Triada também os obtinha. A Kaspersky explica que esse malware tem o poder de abusar das permissões para registrar os usuários em assinaturas sem que soubessem, fazendo com que criminosos lucrassem com a invasão, e até atacar o sistema de forma mais crítica. O relatório indica que o aplicativo é promovido indevidamente por anúncios no Snaptube, popular utilitário para baixar vídeos. A Kaspersky diz ter informado à empresa sobre os aplicativos maliciosos anunciados na plataforma. Um clone do YoWhatsApp, chamado de WhatsApp Plus, também foi encontrado. Ele funciona da mesma forma e era anunciado pelo aplicativo VidMate sem que seus desenvolvedores estivessem cientes.
Desenvolvedoras são suspeitas de roubarem contas do WhatsApp
Na semana. passada, o Tecnoblog noticiou que a Meta está processando três desenvolvedoras asiáticas. Elas são suspeitas de enganar os usuários a baixarem versões falsas do WhatsApp e roubar um milhão de contas. A companhia americana diz que pelo menos dois aplicativos maliciosos eram distribuídos: um de nome “AppUpdater for WhatsPlus 2021 GB Yo FM HeyMods” e outro chamado “Theme Store for Zap”. Quando instalados, os apps obtinham acesso às chaves da conta e roubava as credenciais do usuário para enviar às desenvolvedoras. O intuito dessa invasão seria enviar spam a todos os contatos das vítimas. As empresas, claro, já estavam na mira do WhatsApp desde julho passado. Na época, o chefe executivo do WhatsApp, Will Cathcart, deixou claro que o uso de versões falsas ou modificadas do mensageiro era prejudicial e poderia acarretar em um possível banimento. Com informações: Kaspersky e Bleeping Computer