Review Xiaomi Redmi Note 11: um Note 10 disfarçadoMais do mesmo: Samsung e Xiaomi relançam celulares por falta de chips
Segundo a Indian Enforcement Directorate (ED), agência de fiscalização financeira e antilavagem de dinheiro da Índia, a Xiaomi “forneceu informações enganosas aos bancos ao enviar dinheiro para o exterior”. Dessa maneira, a chinesa teria violado as leis de transações internacionais do país. “Tais quantias enormes (total de US$ 725 milhões) em nome de royalties foram remetidas por instruções de suas entidades controladoras chinesas”, afirmou a agência indiana. O valor foi enviado para outras “entidades não relacionadas à Xiaomi, sediadas nos EUA”.
Índia aperta fiscalização contra Xiaomi
O ex-chefe da Xiaomi Índia, Manu Jain, já havia sido convocado pelos investigadores no início deste ano para ser questionado sobre as “conformidades fiscais” e estrutura da empresa. As ações são parte de uma investida das autoridades indianas contra múltiplas companhias de tecnologia que atuam na Índia. A ED já investiga a Xiaomi e várias outras empresas chinesas desde dezembro de 2021. Em comunicado divulgado neste último final de semana, a Xiaomi afirmou que seus pagamentos de royalties são legítimos, pois foram feitos referentes a “tecnologias e propriedade intelectual” vinculadas a produtos comercializados no mercado indiano. Dados da empresa de pesquisa Counterpoint apontam que a Xiaomi liderou o mercado indiano de smartphones, com 23% de participação nas vendas, no primeiro trimestre de 2022. A companhia chinesa também lançou novas linhas de celulares, smart TVs e tablets no país no início da semana passada. Esse não é o primeiro golpe da Xiaomi na Índia. A empresa de tecnologia já vinha sofrendo com perda de popularidade ao longo dos últimos após as autoridades do país proibirem aplicativos chineses por questões de “segurança nacional”. Por isso, a fabricante vem tomando medidas, como tags “Made in India” em seus produtos, em uma tentativa de se distanciar da China aos olhos dos reguladores indianos. Com informações: Reuters