Com a mudança, o USB-IF pretende deixar de lado marcas como SuperSpeed e mesmo USB4. Ou seja, nada de precisar decorar o que cada padrão significa: basta olhar os selos. Jeff Ravencraft, chefe de operações do grupo, disse ao site The Verge que o fórum fez pesquisas com grupos diferentes de consumidores e “ninguém, entre essas pessoas, entendia as mensagens e as marcas, muito menos controle de revisão ou nomes de especificações”. Até o fim do ano, devem aparecer nas lojas os primeiros cabos certificados. Eles terão identificação para velocidade de transmissão de dados — 5, 10, 20 ou 40 Gbps — e potência de recarga — 60 ou 240 W. Isso vale para USB Type-A, microUSB e USB Type-C. Essa é uma evolução em relação à primeira tentativa, apresentada em setembro de 2021. Na ocasião, os selos dos cabos só precisavam mostrar uma das duas características. Agora, as duas são obrigatórias. As identificações não se aplicam aos padrões 1.0 e 2.0. O USB-IF disse que um selo “480 Mbps”, máximo dos padrões antigos, confundiria os consumidores — alguém poderia achar que 480 Mbps é mais rápido que 5 Gbps por causa dos números, por exemplo.
Recursos de cabos USB ficaram de fora
Isso quer dizer que os problemas estão resolvidos? Não, longe disso. Os logos de Gbps e W nos cabos ajudam a identificar características simples, mas alguns padrões ficaram de fora. Recursos como DisplayPort e PCIe não foram contemplados, bem como tecnologias proprietárias, como o Quick Charge, da Qualcomm. Além disso, o USB é um padrão aberto. Isso quer dizer que ninguém é obrigado a usar o que o USB-IF determina, muito menos certificar seus cabos e produtos junto ao órgão. Mesmo assim, vamos combinar: um selinho mostrando watts e gigabits por segundo pode fazer a diferença na hora de escolher entre um cabo e outro. Com informações: USB-IF, The Verge, XDA-Developers.