O desenvolvedor Tim Haines, responsável pelo Favstar desde seu início, retirou o serviço do ar nesta sexta-feira (22). Ele colocou o domínio à venda por “uma oferta de cinco dígitos” — isto é, pelo menos US$ 10 mil.
Há cerca de dez anos, o Twitter dizia apenas quantas estrelas um tweet recebeu, e não quem havia favoritado. Então surgiu o Favstar, que trazia essa e outras funcionalidades — incluindo ver o que seus amigos estavam curtindo. Desde então, o Twitter evoluiu e o Favstar se destacava por outros motivos: em especial, ele mostrava os tweets mais curtidos e mais retuitados de cada perfil.
Details: https://t.co/vZrDw2X4B7 Good night. 😴 — Favstar.fm (@Favstar) June 22, 2018
Mudanças na API
Isso chegou ao fim após mudanças na API. Basicamente, o Twitter fornecia aos desenvolvedores um fluxo contínuo de novos tweets, menções e mensagens diretas para cada usuário, mas deixará de fazer isso. O prazo final era 19 de junho, dando apenas dois meses para apps e sites se adaptarem. Após críticas, o Twitter adiou a data final para 16 de agosto. Agora temos a nova Account Activity API, já disponível, porém limitada. Por exemplo, ela não permite atualizar a timeline automaticamente em apps de terceiros. E sua versão gratuita oferece dados de até 15 usuários.
Por sua vez, o pacote Premium cobra US$ 2.899 por mês para acessar até 250 perfis. “Para cobrir esse custo, um app de terceiros precisaria cobrar mais de US$ 16 por mês para não perder dinheiro”, explica o site Apps of a Feather, criado pelos clientes Tweetbot, Tweetings, Twitterrific e Talon. E, claro, isso não seria o bastante para o Favstar: o site precisaria de um plano Enterprise, cujo custo é informado sob consulta. O Twitter tem incentivos para manter seus usuários no cliente oficial, visualizando seus anúncios, porque isso aumenta as chances de obter lucro. Infelizmente, isso significa passar por cima de clientes de terceiros que usam sua rede há anos, e que ajudaram a rede social a crescer.
— Tim Haines 🇺🇦 (@TimHaines) June 9, 2018