A quantidade de usuários ativos (aqueles que acessam a rede social pelo menos uma vez por mês) foi de 336 milhões, aumento de 6 milhões em relação ao trimestre anterior. O número não é muito expressivo, mas mostra aos investidores que o Twitter está conseguindo combater a imagem de rede social que perde relevância com o tempo. O interesse crescente pelo serviço também atraiu mais anunciantes: no primeiro trimestre, o Twitter registrou receita de US$ 664,9 milhões, montante bem acima dos US$ 605,9 milhões estimados por analistas. Já o lucro líquido foi de US$ 61 milhões. É quase o mesmo valor que a companhia registrou como prejuízo nos três primeiros meses de 2017 (US$ 62 milhões).

É a segunda vez que o Twitter registra lucro. A primeira corresponde ao último trimestre de 2017. Os números indicam que as mudanças implementadas na rede social nos últimos meses surtiram efeito, entre elas, o aumento do limite de 140 para 280 caracteres por tweet. Os investidores podem comemorar. Para uma companhia que em 2016 teve que demitir 350 funcionários para botar ordem na casa, os últimos meses têm sido de alívio. Mas é bom que a comemoração não seja exagerada: o Twitter já alertou que, nos próximos trimestres, o crescimento da receita deverá voltar ao patamar de 2016. Aparentemente, o aumento tímido da base mensal de usuários ativos é a maior complicação. Enquanto o Facebook teve 14% de crescimento no número de usuários ativos por mês em relação ao primeiro trimestre de 2017, o Twitter registrou apenas 2,8%. Mas ao menos o Twitter tem uma carta na manga: os questionamentos sobre privacidade que surgiram após o escândalo Cambridge Analytica pouco ou nada afetaram a rede social. Além disso, a decisão de combater discursos de ódio, conteúdo sobre terrorismo e afins ajudou a melhorar a imagem da companhia diante de anunciantes. Com informações: Bloomberg.

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