O selo consiste em um aviso textual exibido logo acima ou abaixo da chamada da notícia nos resultados do buscador ou no Google Notícias, inclusive nas interfaces móveis desses serviços. A ideia é deixar claro para o usuário que aquela notícia foi verificada por uma entidade especializada em fact-checking.
Para cada país ou região há pelo menos uma entidade do tipo. No Brasil, o Google fechou parcerias com três instituições para realizar esse trabalho: Agência Lupa, Aos Fatos e Agência Pública. As notícias acompanhadas pelo selo poderão indicar quais informações foram checadas, quem as afirmou e qual entidade fez a verificação. Isso não significa que notícias não checadas são falsas. Contudo, se o conteúdo tiver o selo, o usuário terá certeza de que houve um processo de apuração ali que torna a informação mais confiável. É claro que esse trabalho está sujeito a erros e, quando executado por mais de uma entidade, pode conter conclusões diferentes. É por isso que o Google preferiu fazer a implementação de maneira gradativa. O recurso começou a ser testado nos Estados Unidos e em alguns países da Europa em outubro de 2016. Na etapa seguinte, iniciada em fevereiro, o selo chegou a determinados países da América Latina, incluindo o Brasil. Com base no feedback obtido nessas duas fases é que o Google pôde avaliar se a ideia do selo, apesar de não ser totalmente livre de inconsistências, traria bons resultados para editores e usuários. E trouxe, ainda que a quantidade de notícias checadas seja pequena — o próprio Google alerta que não são todas as buscas que trazem conteúdo verificado. Atualmente, 115 entidades de verificação no mundo todo são parceiras do Google. O trabalho delas pode ser conferido no site Duke Reporters’ Lab.