Como a Opera Software (na verdade, Opera Software ASA) é uma empresa com muito tempo de mercado, a mudança de nome causa estranheza. Mas, Lars Boilesen, CEO da Opera Software, explicou ao The Next Web que o novo nome faz parte de um acordo legal. Qual? Convém voltarmos um pouquinho ao passado para entendermos. Em 2015, um consórcio formado principalmente pelas empresas chinesas Beijing Kunlun Tech e Qihoo 360 fez uma oferta de US$ 1,2 bilhão para adquirir a Opera Software. Só que o negócio não foi aprovado por órgãos regulatórios, o que obrigou o consórcio a fazer uma oferta menor, de US$ 600 milhões, para adquirir apenas partes da Opera Software.
A oferta foi feita em julho de 2016 e aprovada em novembro do mesmo ano. Com o negócio, o consórcio chinês acabou se tornando dono da Opera Software AS (é assim mesmo, com “AS” no final), divisão que cuida de produtos para consumidores finais. Consequentemente, o consórcio também se tornou responsável pelos navegadores Opera. Perceba que, apesar de não responder mais pelos browsers, a Opera Software continua atuando, mas em outros negócios. A mudança de nome, de acordo com Boilesen, foi necessária porque o consórcio chinês também adquiriu os direitos sobre a marca Opera, razão pela qual o acordo já previa alterações. Fica claro, portanto, que a Otello Corporation (o nome é uma referência à ópera de mesmo nome) passa a representar as partes não compradas. Estas incluem negócios em áreas como games, anúncios online e telecomunicações. A mudança de nome será gradativa. Boilesen também é conselheiro estratégico do consórcio chinês. Assim, é de se presumir que ainda haverá vínculos da Otello Corporation com os navegadores Opera, pelo menos por algum tempo. Com informações: Reuters
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