Trata-se do traçado de raios (ray tracing) em tempo real, uma técnica que imita a forma como vemos o mundo. Ela é bastante usada em efeitos especiais na indústria cinematográfica, mas exige bastante poder computacional.
Como explica o Engadget, tudo o que vemos ao nosso redor depende de partículas de luz (fótons) que saltam de objeto em objeto até chegarem aos olhos. Seria muito difícil simular isso no computador, então a técnica de raytracing inverte esse processo. Ou seja, o computador gera imagens “traçando” o caminho que a luz faz do seu olho (ou de uma câmera) até os objetos da cena. São disparadas milhões de linhas em direção à cena; quando elas atingem algo, o computador verifica as propriedades do objeto e as fontes de luz ao redor, e calcula a cor exata que o pixel deve ter. Nesse sentido, a Microsoft anunciou o DirectX Raytracing (DXR). Isso significa que desenvolvedores poderão usar o traçado de raios no DirectX 12. Estes estúdios vão integrar a tecnologia em suas respectivas engines:
Electronic Arts: Frostbite e SEEDEpic Games: Unreal EngineFuturemark: 3DMarkUnity Technologies: Unity Engine
O DXR funciona em placas de vídeo e chips gráficos atuais; no entanto, ele talvez não consiga renderizar uma cena inteira. A Electronic Arts divulgou o seguinte exemplo:
A AMD diz em comunicado ao Polygon que está “colaborando com a Microsoft para ajudar a definir, refinar e suportar o futuro do DirectX12 e do ray tracing”. Ela fará uma sessão na GDC sobre técnicas de ray tracing que podem entregar “alto desempenho em qualquer combinação de CPU e GPU”. A Nvidia, por sua vez, anunciou que também está colaborando com a Microsoft. No entanto, ela terá uma solução proprietária chamada RTX, que permitirá criar sombras, reflexos e oclusão de ambiente (levando em conta a exposição de cada objeto à fonte de luz). Empresas como 4A Games (Metro), Epic Games (Unreal Engine) e Remedy Entertainment (Quantum Break) já estão testando o Nvidia RTX. Eis um exemplo:
A Nvidia deixa claro que o RTX exige placas de vídeo com arquitetura Volta. No entanto, o único modelo disponível atualmente para consumidores é a Titan V, que custa US$ 3 mil. Será que teremos algum lançamento em breve? Essa tecnologia fará parte do GameWorks, middleware da Nvidia que permite desenvolver recursos visuais extras para jogos — como cabelos mais fluidos, por exemplo. Trata-se de algo controverso por não rodar tão bem em placas de vídeo da concorrente AMD, que não pode se adaptar porque o código-fonte não é aberto. Com informações: Polygon, Engadget.