Comparativamente, todos os outros modelos de iPads que têm porta USB-C suportam transferências de dados mais rápidas, como é o caso dos modelos equipados com o chip M1 (ou M2). Os iPads Pro mais recentes, por exemplo, têm compatibilidade com Thunderbolt 3 e chegam a velocidades de até 40 Gb/s. Já o iPad Air (5ª geração) pode transferir dados em até 10 Gb/s; o iPad Air (4ª geração) e o Mini (6ª geração) contam com velocidade de até 5 Gb/s. De fato, essa limitação pode não ser muito importante, dado que o novo iPad de 10ª geração é um modelo considerado “básico” e “de entrada”. Ainda assim, esses dados podem desanimar alguns usuários que queiram transferir dados para o iPad mini, Air ou Pro. Quem também comprovou em testes práticos que a porta USB-C no iPad (10ª geração) é mais lenta do que nos outros modelos foi o Max Tech. Ao tentar transferir um vídeo de 24,6 GB do tablet para um SSD, foram necessários cerca de 10 minutos — segundo o youtuber, a mesma ação teria durado um minuto no Mac.
Decisão pode adiantar como a Apple deve adotar USB-C nos iPhones
A chegada de uma porta USB-C com taxas de transferência de dados semelhante ao (batido) Lightning pegou os analistas e os usuários de surpresa. Essa decisão da Apple, portanto, deve se estender aos modelos de iPhones. Já há quem aposte que, no próximo ano, a empresa deverá adotar um USB-C mais rápido apenas iPhones da linha Pro, enquanto os modelos mais básicos contariam com a porta similar ao Lightning. Vale lembrar que, há alguns dias, Greg Joswiak, vice-presidente sênior de marketing mundial da Apple, confirmou que a empresa vai cumprir a nova lei da União Europeia. Afinal, até 2024, todos os dispositivos eletrônicos na UE devem ter um padrão de carregamento comum, o USB-C. Ao Wall Street Journal, Joswiak criticou a UE pela regulamentação, admitindo que ambos os lados estão em “um pouco de desacordo”. “Achamos que a abordagem teria sido melhor ambientalmente e melhor para nossos clientes não ter um governo tão prescritivo”, disse. Enquanto a proposta ainda tramitava, a Apple até demonstrou insatisfação. Segundo ela, a obrigação deverá trazer mais custos aos consumidores e que vai limitar a inovação. Ainda assim, a crítica não convenceu os legisladores. Para a União Europeia, a nova lei visa diminuir o desperdício, dado que os usuários não precisam comprar um novo carregador toda vez que compram um dispositivo. Para o bloco econômico, a regulamentação deve reduzir a produção e o descarte de novos carregadores. Com informações: MacRumors e The Verge