Feche o Gerenciador de Tarefas e pare de se preocupar com o consumo de RAM11 dicas para economizar bateria no Android

A Nokia adotava um software de uma empresa taiwanesa chamada Evenwell para matar os aplicativos em segundo plano. De fato, alguns celulares da marca foram elogiados pela excelente duração de bateria, mas isso vinha com um custo: no Android 8.0 Oreo e 9.0 Pie, qualquer processo em plano de fundo era encerrado se a tela ficasse desligada por 20 minutos. Não é difícil perceber que isso causa problemas, por exemplo, com ferramentas de monitoramento de sono ou de alarme. E não adiantava incluir os aplicativos em uma lista branca, já que a implementação agressiva da Nokia matava esses softwares mesmo assim. O bug foi corrigido meses depois. Agora, a Nokia explica: “Antes de o Google lançar a Bateria adaptativa no Android P, as fabricantes tinham suas próprias soluções para gerenciar o desempenho do sistema e a duração da bateria. Nossa solução era a Evenwell. Com o recurso de Bateria adaptativa do Android 9 Pie, a necessidade de ter uma solução alternativa não existe mais”.

A Bateria adaptativa é uma função do próprio Google para economizar energia: ela usa aprendizagem de máquina para entender seus padrões de uso e definir quais aplicativos terão prioridade no uso de bateria, em vez de simplesmente ficar matando tudo em segundo plano. A inteligência artificial tende a ser melhor que humanos, por isso você não precisa perder seu tempo gerenciando o que roda em plano de fundo. Todos os celulares da Nokia com Android 9 não terão mais o Evenwell; mesmo se o aplicativo ainda estiver instalado, ele permanecerá inativo. Novos smartphones, como o Nokia 2.2, não vêm mais com o software de fábrica, como confirma o NokiaPowerUser.

Don’t kill my app!

A prática de matar os aplicativos em segundo plano fez surgir o movimento Don’t kill my app: o site mostra quais fabricantes são as piores nesse quesito, “quebrando aplicativos e deixando seu smartphone menos capaz”. Ele dá uma nota negativa (“crap score”) de zero a cinco. Quanto maior, mais agressivo é o gerenciamento de processos em plano de fundo. A Nokia já chegou a liderar a lista, mas a atual campeã é a Huawei, que adota o PowerGenie: ele “mata tudo que não estiver na lista branca da Huawei e não oferece nenhuma opção de configuração dos usuários”. A Samsung também impede a execução de qualquer aplicativo que não tenha sido aberto por três dias. Ambas as empresas têm nota 5/5, a pior possível. Nokia, OnePlus, Xiaomi, Meizu e Asus têm nota 4/5. Só quem se sai bem é a HTC e, claro, o próprio Google, que se limita a adotar os recursos padrões do Android.

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