De acordo com as informações disponíveis, na ocasião as autoridades policiais confiscaram seis discos rígidos com capacidade somada de 2,1 TB, com a suspeita de que eles tivessem informações a respeito de crimes contra o sistema financeiro e esquemas de corrupção envolvendo políticos.

Durante cerca de seis meses, técnicos do Instituto Nacional de Criminalística tentaram quebrar a segurança dos arquivos. Sem sucesso, no começo de 2009 pediram ajuda de especialistas do FBI, que depois de mais de um ano de tentativas frustradas devolveram os arquivos para o governo brasileiro no último mês de abril. A reportagem informa que o sistema de criptografia usado nos arquivos é o AES 256 bits, considerado por especialistas “um dos mais sofisticados do mercado”. Segundo informações obtidas pelo site G1, os dois programas usados para criptgrafar os arquivos foram baixados da internet. Um deles é o pago PGP, da Symantec, e o outro é o gratuito TrueCrypt, que pode ser baixado do site www.truecrypt.com. Apesar da legislação de diversos países europeus e dos EUA contarem com medidas legais que obrigam os fabricantes dos softwares ou os acusados a entregarem as chaves de desbloqueio dos arquivos, as leis brasileiras não contam com qualquer mecanismo legal neste sentido.