Intel desiste de modem 5G para celulares após acordo entre Apple e QualcommIntel anuncia processadores Core i5, i7 e i9 de 9ª geração para notebooks

Os ultrabooks são compactos, leves e atendem a requisitos mínimos de desempenho. O que poderia melhorar, então? A disponibilidade. Ao Engadget, a Intel explicou que o Projeto Athena é direcionado a pessoas habituadas a usar seus laptops em cafeterias, bibliotecas ou mesmo ao ar livre — em um parque, por exemplo. Se você se encaixa nesse perfil de uso, é bastante provável que já tenha enfrentado alguns contratempos, como dificuldade para achar uma tomada para recarregar a bateria do notebook ou estar em um local com conexão ruim à internet. O Projeto Athena vai atacar esses problemas. Para começar, os laptops condizentes com o programa terão que oferecer, no mínimo, 9 horas reais de duração de bateria. Além disso, carregamento rápido será obrigatório: 30 minutos de tomada deverão permitir autonomia de pelo menos 4 horas. Laptops que prometem autonomia de 9 horas ou mais já existem, mas os critérios para estimar essa duração frequentemente são vagos ou irreais. A Intel quer aplicar condições mais semelhantes às da “vida real” — a de um usuário que deixa um vídeo do YouTube rodando enquanto navega pela web ou executa tarefas no Office. É por isso que a Intel vai incluir nos testes de bateria uma série de parâmetros rigorosos, que consideram navegação na web, aplicativos rodando em segundo plano, brilho alto na tela, entre outros.

Houve poucos comentários da Intel sobre conectividade. É possível que esse quesito seja abordado na Computex 2019. De todo modo, a companhia já havia dito que aposta nas redes 5G para permitir que os laptops do Projeto Athena estejam sempre conectados. Os primeiros notebooks certificados para o Projeto Athena devem chegar ao mercado no segundo semestre ou, mais provavelmente, em 2020. Em ambas as épocas, as redes 5G ainda estarão em fase embrionária, por assim dizer. Vale, então, otimizar o que for possível. É bastante provável que os fabricantes tenham que adotar o Wi-Fi 6 (802.11ax) como padrão, por exemplo.

Intel Open Labs

A própria Intel reconhece que atender aos requisitos do Projeto Athena é difícil — sem contar que as especificações ficarão mais rigorosas a cada ano. É por isso que a companhia vai trabalhar junto aos fabricantes na otimização dos laptops. O Open Labs é um dos pilares desse plano. Os fabricantes terão acesso 24 horas a laboratórios da Intel nos Estados Unidos, Taiwan e China para, além de validação dos equipamentos, receber auxílio para otimizar o consumo de bateria, a experiência de uso da tela e vários outros parâmetros de seus produtos. Tudo girará em prol do objetivo de evitar desequilíbrios, por exemplo, que o notebook tenha bastante autonomia de bateria, mas desempenho geral prejudicado. Com início das operações previsto para junho, os Open Labs também conduzirão trabalhos de pesquisa e desenvolvimento. Fabricantes de telas, SSDs, dispositivos de áudio e outros componentes poderão validar seus produtos nos laboratórios para que eles sejam indicados para o Projeto Athena. Fiquemos de olho. Mais detalhes são esperados para a Computex.

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