Como abrir uma guia anônima [Todos os Navegadores]O que são dados sensíveis, segundo a LGPD
Outros processos separados também foram movidos contra a companhia nos estados de Washington, Columbia e Indiana em janeiro de 2022. As acusações protocoladas nos tribunais estaduais americanos caracterizam as práticas do Google como “enganosas”. Agora, Paxton acrescentou o modo de navegação anônima à ação aberta no início do ano.
Google teria “enganado” usuários sobre coleta de dados
Segundo o procurador-geral do Texas, a função anônima do Chrome implica que o Google não rastreará o histórico de pesquisa ou a atividade de localização do usuário. No entanto, a coleta de dados realizada pela empresa é totalmente desconhecida pelas pessoas que usam a ferramenta de busca. O texto do processo afirma que a opção de “navegação anônima” pode incluir a “visualização de sites altamente pessoais, que podem indicar, por exemplo, seu histórico médico, persuasão política ou orientação sexual”. Paxton acrescenta ainda que o usuário possa simplesmente querer “comprar um presente surpresa sem que o destinatário seja avisado por uma enxurrada de anúncios direcionados.” Porém, o procurador-geral diz que, na realidade, o Google “coleta enganosamente uma série de dados pessoais”, mesmo quando o usuário aciona o modo de navegação anônima. A empresa se defendeu ontem, afirmando que o processo é “baseado em declarações imprecisas e afirmações desatualizadas” sobre as configurações de busca. Paxton discorda. Anteriormente, ele também disse que o Google engana os consumidores ao continuar rastreando sua localização, mesmo quando se tenta impedir isso através das configurações de busca e do navegador. O Google informa os usuários que, ao desativar a opção “Histórico de localização” nas configurações de seus serviços, a empresa não iria mais armazenar os lugares visitados.
Acusações começaram em 2021
O caso envolvendo a coleta de dados na navegação anônima começou ainda em junho de 2021. Na época, a empresa foi acusada por três pessoas que alegaram que o Google Chrome coletava dados de usuários mesmo usando o modo incógnito. Tudo isso resultou em um processo que pede que a Alphabet pague ao menos US$ 5 bilhões. Em janeiro, um juiz do Arizona disse que a acusação contra o Google é embasada por informações “pouco claras” sobre as configurações de rastreamento de localização em smartphones. Ele decidiu então que o caso deveria ser avaliado por um júri e se recusou a arquivar a ação movida pelo procurador-geral do Texas. O processo contra o Google ainda deve ir longe. Com informações: Reuters