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Vale deixar claro que, sendo uma apresentação guiada do título, foi possível apenas assistir um pouco do início, jogado pelo próprio estúdio (Tango Gameworks), após uma breve apresentação geral do diretor Kenji Kimura. O vídeo já havia sido previamente gravado e é diferente do conteúdo mostrado nesta quinta (3). Inclusive, o gameplay exibido publicamente (vídeo mais abaixo) foi muito mais interessante do que o vídeo que vi previamente. Ghostwire: Tokyo tem previsão de chegar no dia 25 de março de 2022 e, em princípio, apenas para PlayStation 5 e PC. Em princípio porque a publicadora do jogo é a Bethesda, comprada pela Microsoft. Então, é só questão de tempo para o game aparecer no Xbox também. Quem adquirir a Edição Deluxe (para PS5) na pré-venda recebe acesso antecipado ao jogo no dia 22 de março e também ganha o Pacote Visual Descontraído, o Visual de Shinobi e a Arma Kunai.
Tóquio entregue aos espíritos
De forma misteriosa, a maioria dos seres humanos de Tóquio desapareceram. A região se tornou, literalmente, uma cidade fantasma quando espíritos (muitos deles corrompidos) invadiram a localidade. O jogador, na pele do protagonista Akito, precisa usar seus recém adquiridos poderes paranormais para combater espíritos malignos e, ainda, desvendar o enigma por trás do desaparecimento das pessoas. Certamente, a história é bem mais complexa do que isso, mas não foi possível se aprofundar tanto assim no vídeo. No máximo, nota-se que boa parte dos problemas é de responsabilidade de alguém (ou de alguma entidade) chamada Hannya, que lançou uma névoa sobre Tóquio dizimando a maioria da sua população. Este ser (ou entidade) lidera os “Sem-Rosto”, um grupo de fanáticos que o seguem. Já os “Visitantes”, como o próprio estúdio se refere aos fantasmas, fazem parte da maioria dos inimigos comuns apresentados. Algumas versões destas entidades são até bem vestidas de terno e gravata (ou terninho feminino), mas não têm rosto. Alguns lembram o Slender Man — mas sem os braços e pernas compridos. Há também uma versão mais colegial, com direito às tradicionais saias rodadas e blusa social com gravatinha, para as meninas, ou um terninho, para os meninos. Ah sim, muitos nem sequer têm cabeça. A primeira impressão que se tem ao observar a nova atmosfera sobrenatural de Tóquio é que Ghostwire: Tokyo foi fortemente inspirado por lendas e o próprio folclore japonês. Desde a forma com que o protagonista precisa fazer um pequeno ritual para libertar os espíritos de seu sofrimento, à interação com alguns yokai (uma classe de criaturas sobrenaturais), espalhados pela cidade em forma de animais (inclusive, o gatinho flutuante que te vende as coisas é um fofo). No mais, a ambientação da Tóquio fantasmagórica lembra um pouco como os cenários distorcidos do game Observer (do estúdio Bloober Team) funcionam. É como se duas realidades estivessem em conflito por tentarem existir, simultaneamente, no mesmo espaço. Por isso, é comum ver objetos distorcidos, coisas flutuando quando não deveriam estar e até bugs intencionais com elementos piscando.
Muita caminhada e “karatê paranormal”
Akito despertou do expurgo populacional de Tóquio numa esquina de Shibuya, um dos principais centros comerciais do mundo. Mas ele não está só e adquire seus poderes sobrenaturais ao ser parcialmente possuído por um espírito, que frequentemente fica falando na cabeça dele. A meu ver, esta foi uma “saída poética” dos desenvolvedores para te apresentar as mecânicas do jogo e te dar alguma direção, já que é praticamente você sozinho no mundo. E sobre estar sozinho na cidade, esse tal espírito ajuda a animar (com ressalvas) um pouco as coisas. Isso porque, ao menos no gameplay exibido antes do vídeo desta quinta (só para deixar bem claro que foram experiências diferentes), que mostra partes do início do jogo, tudo ainda é meio parado. Você terá que andar bastante por ruas e prédios vazios, por exemplo, para conduzir investigações ou trombar em alguma sidequest. Nota-se também que o personagem não será, ao menos de cara, cercado por dezenas de espíritos malignos ao mesmo tempo (a ameaça aumenta gradualmente). Talvez porque seja uma etapa introdutória da campanha ainda. No gameplay que assisti, as coisas não foram tão agitadas assim, em princípio, quanto as mostradas no vídeo público (que, claro, já focou no ponto da ação acontecendo). O tal do “karatê paranormal”, que citei no título deste tópico, trata-se do ponto-chave dos combates, ou dos exorcismos, como preferir chamar. Você atacará as entidades através de rápidos movimentos com as mãos e, à distância, poderá atirar algo como rajadas espirituais contra os adversários. Tudo é bem brilhante e colorido, e particularmente gostei bastante das animações das mãos do personagem para lançar cada golpe e fazer combos. Esses movimentos me lembraram algumas técnicas tradicionais de artes marciais japonesas, mas com todo um carnaval extra que ficou muito legal. O vídeo também mostra que é possível usar uma arma física (no caso, um arco) e outras armas não sobrenaturais devem estar disponíveis também. Já sobre o sistema de progressão, há alguns elementos de RPG no game e o jogador poderá comprar (com algo como pontos de alma) novas habilidades para Akito. Como parte da sua missão de libertar Tóquio da corrupção disseminada por Hannya, você terá que exorcizar santuários, libertar espíritos sofredores, etc. Tudo isso também contando com o auxílio de uma visão espectral para mapear pontos de interesses e inimigos. A movimentação do protagonista me pareceu um pouco travada, mas em se tratando de uma versão ainda em desenvolvimento, isso pode melhorar no lançamento. Sobre os combates mostrados na apresentação que assisti previamente, senti falta de ver uma boss fight mais grandiosa, usando os poderes já desbloqueados do personagem. Tudo ficou meio restrito a lutar contra adversários mais comuns e um ou dois mid bosses, fazer uma sidequests e liberar santuários. Ao menos no gameplay exibido nesta quinta, eu consegui ver alguns dos combos mais elaborados que faltaram na exibição reservada. No mais, Ghostwire: Tokyo aguçou a minha curiosidade e tenho interesse em saber se há algo a mais (aquele pulo do gato yokai), ainda escondido pelos desenvolvedores, por trás de muita caminhada espiritual e uma versão japonesa dos Caça-Fantasmas, só que com mais brilho e cores.