14 alternativas ao The Pirate Bay (sites de torrents mais populares)
A lógica primária dos serviços de streaming é a de, com oferta ampla de conteúdo, os downloads ilegais caem. É assim porque, com preços acessíveis e acesso imediato a filmes, séries e afins, as plataformas de vídeos acabam sendo muito mais convenientes aos consumidores. É claro que os preços são um dos fatores que pesam nesse mercado. Mensalidades caras certamente não fariam a Netflix ser tão popular. Essa regra vale para todos os serviços do ramo. Algumas plataformas rivais podem até cobrar mais caro, no entanto, nenhuma impõe valores exorbitantes. Então, como se diferenciar da concorrência? Com conteúdo exclusivo. Praticamente todas as plataformas oferecem produções que não podem ser encontradas nos concorrentes. É aqui que mora o problema: conforme explica Cam Cullen, executivo da Sandvine, “fica muito caro para o consumidor ter acesso a todos esses serviços, então ele assina um ou dois e pirateia o resto”.
Uma produção ou outra até pode ser comercializada na forma de DVD ou Blu-ray (o que, por si só, já é uma grande inconveniência para muita gente), bem como ser licenciada para um canal de TV paga, por exemplo, mas a maior parte dos conteúdos exclusivos deve limitar-se às suas plataformas de origem. Trata-se de um modo de diminuir custos de licenciamento e manter o acervo atraente. Para piorar, algumas pesquisas indicam que, até 2022, a maioria das grandes emissoras de TV já terão lançado um serviço de streaming com conteúdo exclusivo. Grandes players da indústria do entretenimento também. A Disney, por exemplo, já vem trabalhando em uma plataforma para rivalizar com a Netflix. Já dá para perceber o efeito dessa fragmentação. Com base em um levantamento recente, o relatório da Sandvine (PDF) aponta que, em escala global, o compartilhamento de arquivos representa quase 3% do downstream e 22% do upstream na internet, com 97% desse tráfego de P2P sendo gerado pelo BitTorrent.
Embora não forneça dados comparativos em relação aos anos anteriores, a Sandvine entende que esses números indicam que o BitTorrent voltou a crescer, especialmente fora dos Estados Unidos. De fato, o upstream do BitTorrent tem participação de apenas 9% no mercado norte-americano, de acordo com o relatório recente, mas chega a 32% na Europa, Oriente Médio e África. A restrição de mercado também ajuda a explicar a aparentemente retomada do BitTorrent. Cullen lembra que várias séries de grande sucesso são baseadas nos Estados Unidos e, fora desse país, não têm ampla distribuição. Para não ficar sem o conteúdo, a solução encontrada por muita gente acaba sendo a pirataria. Para a indústria, ainda não há motivo para pânico, mas fica o alerta: será que há espaço para tantos serviços de streaming? Com informações: Motherboard.