Como criar senhas seguras para aplicativos e sites

O Tecnoblog apurou que grupos de bitcoin no Facebook circularam uma lista com dados pessoais de 264.189 clientes da Atlas Quantum. Ela inclui o saldo em bitcoins, nome completo, endereço de e-mail e número de telefone. A planilha tem informações do CEO Rodrigo Marques, do ex-diretor de marketing Fabrício Sanfelice, e até de alguns membros da equipe do Tecnoblog. Há também as contas “Projeto Atlas”, “Quantum” e “Amortization” para gerenciamento dos bitcoins. O serviço Have I Been Pwned, que reúne dados obtidos em vazamentos, obteve informações de 261 mil contas da Atlas Quantum. Segundo eles, 24% dos clientes já estavam em sua base — isto é, já haviam sido expostos antes. A lista também circulou no Pastebin, mas já foi removida.

— Have I Been Pwned (@haveibeenpwned) August 27, 2018

“Ocorreu um incidente de segurança”

A fintech brasileira publicou um comunicado neste domingo (26) sobre o ocorrido. Ele está disponível no Facebook, mas não no site oficial, nem no blog, nem em outras redes sociais. “Ficamos cientes no início da noite de sábado que ocorreu um incidente de segurança envolvendo o vazamento de dados dos nossos clientes”, diz a empresa. “No momento do incidente, tomamos medidas imediatas para proteger o banco de dados e senhas e chaves privadas permanecem criptografadas.” O vazamento pode ser perigoso por incluir o saldo de cada pessoa. Por exemplo, alguns clientes têm mais de R$ 100 mil em bitcoins, e agora muita gente sabe disso. “Acabei de receber ligação falando que meu irmão foi sequestrado e queria o resgate em bitcoin”, diz um usuário em resposta ao comunicado. A empresa diz que está “monitorando as contas afetadas e trabalhando para ter proteção adicional contra fraudes”. Além disso, a Atlas desabilitou “algumas funcionalidades” por precaução, sem citar quais — é o saque de recursos. Ela está fazendo isso para evitar retiradas fraudulentas, e promete avisar os clientes quando o serviço for restaurado. A Atlas, fundada em 2016, trabalha com arbitragem de criptomoedas. “Basicamente, compramos o bitcoin em exchanges onde ele esteja mais barato e simultaneamente vendemos onde está mais caro”, explica a empresa. Ela usa um algoritmo chamado Quantum que analisa ofertas de compra e venda de bitcoin em tempo real. Ao detectar uma diferença nesses preços, ele envia uma ordem para adquirir a criptomoeda onde ela está mais barata, e outra ordem para vendê-la onde está mais cara. A empresa atua nas bolsas Kraken Exchange, BitStamp, BitFinex e OkCoin.

Fintech brasileira de bitcoin vaza dados pessoais de 264 mil clientes   Tecnoblog - 80