Por “emissão negativa”, entenda que a usina remove mais dióxido de carbono da atmosfera do que emite. Localizada no sudoeste da Islândia, a usina geotérmica possui um módulo que coleta o CO2 diretamente do ar por meio de filtros, liga as partículas à água e as envia para o subsolo, onde se mineralizam, tornando-se pedras inofensivas. Olha só:
Falando assim, parece até fácil: essa usina geotérmica é basicamente uma árvore, só que milhares de vezes mais poderosa na tarefa de sugar o dióxido de carbono da atmosfera. E com a vantagem de gerar energia elétrica com a ajuda do calor natural das atividades vulcânicas da região. Então por que não instalam essa usina em todos os lugares do mundo? Primeiro, obviamente, entra o fator custo. É possível coletar uma tonelada de dióxido de carbono por US$ 100. No futuro, a expectativa é que esse valor caia para US$ 50. Ainda assim, se precisarmos capturar 10 bilhões de toneladas de CO2 em 2050, gastaríamos US$ 500 bilhões por ano, como nota a Quartz. Quem vai pagar tudo isso? Além disso, a usina islandesa ainda é um projeto em fase experimental: por enquanto, ela só consegue capturar 50 toneladas de CO2 por ano, o que é longe de ser suficiente para recuperar o estrago que já foi feito. Como a tecnologia é modular, é possível escalá-la para coletar mais dióxido de carbono em uma usina maior (o que, mais uma vez, respinga no fator custo). De qualquer forma, já é um primeiro passo. O custo de coletar uma tonelada de CO2 em 2011 era de várias centenas de dólares e caiu drasticamente em pouco tempo, tornando-se mais, ahn, “realista” — a prova disso é o funcionamento dessa usina. Esperamos ver a tecnologia sendo mais adotada em um futuro não muito distante.