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Operação da PF apreende até barras de ouro
Glaidson foi encontrado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Uma força-tarefa invadiu sua mansão em Itanhangá e lá apreenderam reais, dólares e euros. Até mesmo barras de ouro estavam entre sua fortuna. Conforme apurou o Bom Dia Rio, os agentes da PF responsáveis pela ação se surpreenderam com a quantidade de dinheiro encontrada no local, afirmando que nem mesmo a Lava-Jato costuma confiscar tamanha fortuna. No total, os policiais foram enviados para cumprir nove mandados de prisão e quinze de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Distrito Federal. Além do dono da GAS Consultoria Bitcoin, outro homem também foi preso tentando fugir para Punta Cana, na República Dominicana, através do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O esquema de pirâmide de bitcoin já era investigado há dois anos. Até mesmo o Fantástico do último domingo contou a história da GAS, que se passava por uma consultoria de investimento em criptomoedas. A empresa prometia lucros de 10% a 15% ao mês ao negociar o ativo digital, o que por si só já é suspeito diante da enorme volatilidade da criptomoeda.
Esquema de pirâmide movimentou bilhões
Nesse tipo de fraude financeira, também chamada de esquemas Ponzi, os golpistas mantêm um fluxo de investidores entrando e aplicando mais dinheiro para pagar os membros mais antigos. Então, para que as novas pessoas comecem a receber alguma coisa, elas devem atrair mais gente para o esquema. Contudo, trata-se obviamente de um modelo insustentável que eventualmente desaba e poucas pessoas no topo saem no lucro enquanto a maioria dos participantes perde todo seu dinheiro. A força-tarefa da PF descobriu ainda que Glaidson nem sequer aplicava o dinheiro de seus clientes em bitcoin e aparentemente embolsava toda a quantia, que chegou na casa dos bilhões de reais ao longo dos anos, segundo os agentes. A maioria das vítimas do esquema de pirâmide da GAS Consultoria são da Região dos Lagos fluminense e de Cabos Frio, locais que até mesmo ganharam o apelido de “Novo Egito”, conforme revelado pelo Fantástico, pela quantidade de golpes similares que operam por lá. A PF também informou que todo o esquema contava com várias empresas envolvidas e operaram por ao menos seis anos. Contudo, cerca de 50% de toda a movimentação financeira do esquema ocorreu nos últimos 12 meses.
GAS Consultoria nega investir em criptomoedas
Inicialmente, quando prestou depoimento para a polícia, Glaidson disse que não negociava criptomoedas e que sua empresa atuava no ramo de inteligência artificial, tecnologia da informação e produção de software. Porém, a GAS nem sequer tinha site ou perfis em redes sociais. O telefone da companhia disponível na Receita Federal também não funcionava. Mas o posicionamento para clientes diferia, afirmando que o grupo tinha experiência no mercado de criptoativos e atuava no ramo já há nove anos. A defesa de Glaidson enviou uma nota ao Fantástico, na qual disse estar à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento: “A GAS de Glaidson Acácio, que atua no ramo de tecnologia e consultoria financeira em criptomoedas, não compactua com ilegalidades e preza pela licitude de todas as suas operações”, declarou o advogado do suspeito, Thiago Minagé. Com informações: G1