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Há uma boa razão para o Disney+ apelar para essa estratégia: a plataforma planeja alcançar entre 230 milhões e 260 milhões de assinantes até 2024. Trata-se de uma meta ousada, principalmente se levarmos em conta que a quantidade de serviços de streaming é tão grande nos tempos atuais que conquistar novos usuários é uma missão cada vez mais desafiadora para essas empresas. Uma das razões para isso é o custo. Com tantas opções de streaming, usuários que têm orçamento mais limitado tendem a priorizar uma ou outra plataforma. Por outro lado, os mesmos usuários podem ser mais flexíveis quanto a isso ao se depararem com preços convidativos.
Não, mas quem sabe?
A realidade da Netflix é diferente. Com 222 milhões de usuários ativos, de acordo com os números mais recentes, a companhia está bem próxima da base de usuários que o Disney+ almeja e, portanto, não precisa adotar estratégias de mercado tão agressivas. Mas isso não quer dizer que será assim para sempre. Em uma conferência com investidores realizada na terça-feira (8), Spencer Neumann, CFO da Netflix, confirmou que a companhia não tem planos de oferecer assinaturas complementadas com anúncios, mas não negou a possibilidade de essa ideia ser adotada um dia: Provavelmente, o motivo para a Netflix ser tão cuidadosa com relação a esse assunto está na suposição da empresa de que assinaturas apoiadas em anúncios publicitários são pouco rentáveis. Nesse sentido, é de se esperar que a companhia adote esse modelo apenas se experimentar uma baixa expressiva em sua base de usuários ou tiver uma estagnação no crescimento desta. No momento, a situação da companhia é confortável. A Netflix encerrou o último trimestre de 2021 crescendo menos do que o esperado para o período, mesmo assim, conseguiu fechar o ano com os já mencionados 222 milhões de assinantes.
Anúncios não são novidade para a Disney
Ainda não está claro quando, exatamente, o Disney+ oferecerá assinaturas suportadas por anúncios e quais mercados contarão com essa modalidade. Sabe-se apenas que essa opção é esperada para o fim de 2022 e será oferecida inicialmente nos Estados Unidos. Um dos fatores que causam essas indefinições, provavelmente, é a necessidade de apenas anúncios condizentes com o público da plataforma serem exibidos: “é um público familiar (…), teremos muito cuidado com os anúncios que fizermos”, afirma Christine McCarthy, CFO da Disney. De todo modo, esse não é um terreno inexplorado pela companhia. A Disney também controla as plataformas de streaming Hulu e ESPN+, e ambas têm planos com anúncios. O plano mais barato da Hulu, por exemplo, sai por US$ 6,99 por mostrar comerciais; já o plano sem publicidade custa quase o dobro: US$ 12,99.