Em entrevista ao Valor, os Correios afirmam que as lojas chinesas enviam produtos por meio de serviços postais mais baratos, que não possuem código de rastreamento, em vez de contratarem o serviço de encomenda registrada. Além disso, elas não utilizam etiquetas no padrão internacional, com o CEP do destinatário em código de barras, forçando os Correios a adotarem um processo de triagem manual.

O resultado é que as encomendas chinesas demoram mais para chegar ao comprador, já que não é possível processar a carga por meio das máquinas de triagem automatizadas dos Correios; e a estatal deixa de faturar R$ 15 por pacote que não foi registrado. Segundo a empresa, aproximadamente 300 mil objetos desembarcam no Brasil por dia útil. O Brasil não é o único país que enfrenta problemas com os pacotes chineses: congressistas dos Estados Unidos também fazem pressão contra os subsídios, e o tema já foi levantado na União Postal Universal (UPU), organização das Nações Unidas que coordena os serviços postais de 192 países. Ainda não há uma reclamação formal contra a China, no entanto. Por enquanto, os Correios conversam com a China para permitir a automatização do processo de triagem das encomendas. Mas as ofertas de frete grátis estão mesmo com os dias contados: a estatal planeja implementar este ano um sistema que obriga o comprador a pagar os custos do frete no momento da entrega do pacote.

Correios querem acabar com manobra de lojas chinesas que oferecem frete gr tis   Tecnoblog - 37