A Apple afirma que após suspender a escuta dos áudios fez uma “revisão cuidadosa” de suas práticas e políticas. “Percebemos que não estamos cumprindo plenamente nossos altos ideais e, por isso, pedimos desculpas”, afirmou a empresa. “Como anunciamos anteriormente, suspendemos o programa de classificação da Siri. Planejamos retomar mais tarde, no outono [do hemisfério norte, entre setembro e dezembro], quando as atualizações de software forem lançadas para nossos usuários”, continuou. Segundo a empresa, a análise da Siri por funcionários terá algumas mudanças antes de ser retomada. A partir de agora, a empresa descartará os áudios por padrão e usará transcrições geradas por computador para melhorar a assistente. As gravações só serão analisadas por humanos se houver a autorização dos usuários, que terão a opção cancelar a prática a qualquer instante. “Esperamos que muitas pessoas escolham ajudar a Siri a melhorar, sabendo que a Apple respeita seus dados e possui fortes controles de privacidade”, afirmou a companhia. Por fim, apenas funcionários da Apple terão acesso aos áudios liberados com a permissão dos usuários. A equipe será orientada a excluir as gravações que foram feitas acidentalmente pela Siri. A análise de gravações da Siri foi suspensa no final de julho pela Apple, que contava com ao menos 300 funcionários terceirizados na Irlanda para realizar a tarefa. Eles foram demitidos na semana passada e criticaram a postura da empresa nesse caso. “A Apple, recrutando por meio de empresas terceirizadas na Irlanda, não assume absolutamente nenhuma responsabilidade no emprego de prestadores de serviços e em seu tratamento no trabalho”, afirmou um dos funcionários ao Guardian. “Eles fazem o que querem e, quando terminam seu projeto ou estragam tudo (como o que aconteceu), pedem à sua empresa para deixar você ir, o que ela faz”, afirma. A Apple deve retomar a análise de áudios da Siri por funcionários a partir de uma atualização do iOS, esperada para outubro. Com informações: Apple, Engadget.