O futuro complicado da Huawei na lista negra dos EUAAcionistas do Facebook não conseguem tirar Zuckerberg do comando

Tudo indica que essa será uma ofensiva extensa e complexa. É como se o governo dos Estados Unidos tivesse percebido tardiamente que as gigantes de tecnologia cresceram de modo descontrolado e, agora, tenta trazer uma regulação efetiva para o setor. Como as queixas e suspeitas contra essas empresas são numerosas, a FTC e o Departamento de Justiça concordaram em dividir os trabalhos, até porque as duas entidades são responsáveis por assegurar e aplicar as leis de concorrência dos Estados Unidos. Nenhuma das partes revelou detalhes, mas fontes próximas ao assunto dizem que as investigações devem ter início pelo Facebook. De certa forma, esse trabalho já começou: desde o ano passado que a FTC tenta mensurar a responsabilidade da companhia no caso Cambridge Analytica. É possível que, em uma etapa próxima, a FTC inicie uma investigação especificamente antimonopólio contra o Facebook, processo que pode inclusive jogar alguma luz sobre a possibilidade de aquisições de serviços como Instagram e WhatsApp, do modo como foram feitas, terem tido impacto anticompetitivo no mercado.

Com relação ao Google, o Departamento de Justiça está em vias de iniciar uma investigação antitruste que, presumivelmente, analisará se plataformas concorrentes são prejudicadas em seu serviço de busca ou se determinadas aquisições teriam diminuído a capacidade de concorrência de empresas rivais. Investigações antitruste não são novidade no setor de tecnologia. O próprio Google já passou por isso, por exemplo. O que pesa atualmente é um fator político atípico nos Estados Unidos: de modo geral, tanto democratas quanto republicamos parecem concordar que as práticas comerciais das gigantes em questão precisam ser analisadas a fundo. Para o congressista David Cicilline, líder do comitê antitruste do Congresso dos Estados Unidos, “a investigação não terá como alvo uma empresa de tecnologia específica, mas a crença de que ‘a internet está quebrada’”.

Existe mais uma agravante, por assim dizer: o presidente dos Estados Unidos. Há meses que Donald Trump pede investigações contra o Google e plataformas de redes sociais em geral por, entre outros motivos, acusá-las de reprimir manifestações de conservadores. Essa é uma prévia de um embate que, considerando a gravidade do assunto e a movimentação que surge à medida que as próximas eleições presidenciais dos Estados Unido se aproximam (final de 2020), tem tudo para ter muitos desdobramentos. Com informações: The Verge, Reuters, BBC.

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