Como instalar o Windows 11 mesmo sem TPM 2.0 no PCComo iniciar o Windows 11 em modo de segurança

Queixas sobre o problema ganharam força no começo do ano. No Reddit, vários usuários relataram problemas de desempenho, principalmente em PCs que combinam chips Ryzen com o Windows 11. As manifestações mais comuns são pequenos travamentos aleatórios ou “pulos” na reprodução de conteúdo de mídia. Logo ficou claro que as queixas não eram isoladas. Todos os indícios apontavam para um “culpado”: o Firmware Trusted Platform Module (fTPM). Faltava só a AMD reconhecer o problema.

O que é esse tal de fTPM?

A essa altura, você certamente sabe que a tecnologia TPM faz parte dos requisitos mínimos do Windows 11. A função essencial desse mecanismo é armazenar chaves de criptografia que, como tal, reforçam diversos parâmetros de segurança do computador.

O que é TPM e por que ele é exigido no Windows 11?

Frequentemente, esse recurso é implementado no PC por meio de um chip dedicado — daí a razão para módulos físicos TPM também serem chamados de dTPM (Discrete TPM). Também é possível implementar uma proteção TPM por meio de uma espécie de emulação via software (sTPM — Software TPM) ou como parte de um chip que tem mais de uma função (iTPM — Integrated TPM), por exemplo. Nos chips Ryzen, a AMD optou por outra alternativa: o já mencionado fTPM. Ele tem as mesmas funções das outras opções, mas guarda as chaves no firmware do sistema, ou seja, no BIOS do computador.

Demorou, mas a AMD reconheceu o problema

Por não exigir um chip dedicado, o fTPM é uma solução prática e, teoricamente, mais barata. Mas o que era para ser uma conveniência se transformou em aborrecimento para muitos usuários. Em uma página de suporte, a AMD reconhece os gargalos reportados e explica que eles têm relação com “transações de memória estendidas relacionadas ao fTPM”. Ainda de acordo com a companhia, o problema causa “pausas temporárias na interatividade ou capacidade de resposta do sistema”. Embora o TPM seja uma exigência do Windows 11, o recurso também é compatível com o Windows 10, razão pela qual usuários que usam essa versão do sistema operacional em PCs com chip Ryzen também podem notar os engasgos. Felizmente, a solução está sendo providenciada. Uma atualização de BIOS que resolve o problema deverá ser liberada a partir de maio, afirma a AMD. Note, porém, que a disponibilização da correção dependerá do cronograma de updates de cada fabricante de placa-mãe — é necessário que o componente tenha um firmware AMD AGESA 1207 ou superior para receber a atualização. Para quem não pode esperar, a AMD sugere a desativação do fTPM e a consequente instalação de um módulo físico TPM (isto é, de um dTPM). O custo dessa opção fica para o usuário, é claro. Com informações: Tom’s Hardware.

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